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CDO brasileiro preocupado com segurança

De acordo com Mauricio Renner, no Baguete Diário, a pesquisa da IBM indica preocupação bem maior no Brasil do que na média mundial.
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O Chief Data Officer brasileiro está muito mais preocupado do que a média dos seus colegas com o problema da proteção de dados do que os seus colegas em outros países.

Essa é uma das conclusões que ficam de uma pesquisa da IBM com 3 mil profissionais especializados em gerenciamento de dados (CDOs, no jargão corporativo) espalhados pelo mundo.

Entre os CDOs brasileiros, 82% disseram que garantir a segurança dos dados é a “responsabilidade mais importante de sua função”. Em nível mundial, 52% deram essa resposta.

A pesquisa não chega a aprofundar os motivos dessa disparidade. O foco é em inteligência artificial e outras tecnologias, que são mais o peixe que a IBM quer vender. Mas é bem fácil dar um palpite.

O tema da proteção de dados está em alta no setor de tecnologia do Brasil. Nos últimos anos, os grandes ataques e vazamentos de dados se sucedem num ritmo quase semanal.

Ao mesmo tempo, entraram em vigor no ano passado as multas da Lei Geral de Proteção de Dados, o que torna o problema ainda mais premente no país.

Entre os brasileiros, 48% dos executivos pesquisados concordam que suas organizações estão totalmente em conformidade com a legislação e os padrões de dados. Isso deixa um total de 52% que podem não estar (as informações não estão detalhadas no estudo).

As cifras ficam de novo fora da média mundial. No global da pesquisa, 61% dos CDOs disseram que os seus dados estão seguros e protegidos, o que indica maior confiança.

Outro aspecto chamativo da pesquisa é simplesmente o fato de existirem no Brasil tantos profissionais que a IBM possa qualificar como CDOs, para começo de conversa.

O CDO Study 2023 ouviu 3 mil CDOs, dos quais um pouco mais de 300 estão no Brasil e outros países na América Latina, como México, Chile e Colômbia. Não foi aberto o número específico de brasileiros, mas ele tem que ficar em algo como 150.

O primeiro CDO de uma empresa foi nomeado ainda em 2003, pelo banco americano Capital One. No Brasil, o número nao chegava a 10 em 2014, segundo uma pesquisa da Frost and Sullivan da época (quando o tema CDO já estava na pauta da IBM, aliás).

“O CDO, embora seja uma função relativamente nova aqui no Brasil e na América Latina, está cada vez mais à frente dos negócios. Isso acontece, em primeiro lugar, porque temos mais dados para analisá-los, avaliá-los e extrair conhecimento. E segundo, a importância dele está justamente devido à necessidade de governar e regulamentar esses dados”, explica Joaquim Campos, vice-presidente de Automação, Dados e IA da IBM América Latina.

Fonte: Baguete

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