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ChatGPT: mais de 100 mil dados foram vazados

De acordo com Mariana Murara, no Baguete Diário, o Brasil é o terceiro país mais afetado por incidente com três tipos de malwares.
chatgpt malware

Mais de 101,1 mil pessoas tiveram suas credenciais de acesso do ChatGPT vazadas na última quarta-feira, 21, por conta da infecção de pelo menos três malwares.

O Brasil foi o terceiro país mais afetado no mundo, com 6,5 mil credenciais vazadas. Em primeiro lugar, ficou a Índia, com 12,6 mil contas, e em segundo, o Paquistão, com 9,2 mil.

Conforme o site Terra, o vazamento inclui nomes de usuários e senhas criadas entre junho de 2022 e maio de 2023, além de informações confidenciais de chats salvos nas contas comprometidas.

“A maior ameaça é a exposição de conversas entre usuários e a inteligência artificial, que podem incluir outras informações confidenciais, como identificadores pessoais ou relacionados ao local de trabalho, incluindo dados corporativos confidenciais”, afirma Satnam Narang, engenheiro sênior de pesquisa da empresa de cibersegurança Tenable.

Revelado por um relatório do Group-IB, companhia de Cingapura de proteção cibernética, o vazamento aconteceu por conta de três malwares principais: Raccoon, responsável por mais de 77% das contas expostas; Vidar, que vazou 12,8%; e RedLine, 6,6%.

Segundo o Group-IB, isso significa que o vazamento está relacionado a infecções dos dispositivos dos usuários e não a uma falha de segurança da OpenAI ou do ChatGPT.

“Malwares que roubam informações são capazes de furtar dados confidenciais armazenados em navegadores, como credenciais de usuário, cookies de sessão, histórico e senha. É provável que credenciais relacionadas a finanças, redes sociais e outras também tenham sido obtidas”, explica Narang.

Assim, outra preocupação do vazamento são as senhas. Se elas forem as mesmas utilizadas em outros aplicativos, podem causar invasões adicionais.

“No momento, a OpenAI suspendeu temporariamente o registro da autenticação de dois fatores para o ChatGPT. No entanto, assim que o registro for reativado, os usuários deverão adicioná-lo como uma medida de segurança adicional”, orienta Narang.

Em março deste ano, o ChatGPT passou por outro vazamento de dados. Conforme o Canal Tech, a OpenAI confirmou uma violação de dados causada por um bug em uma biblioteca de código aberto.

Na época, isso resultou no vazamento de dados sensíveis de usuários, incluindo o histórico de conversas e informações relacionadas a pagamentos de 1,2% dos assinantes do ChatGPT Plus.

Os dados expostos por nove horas incluíam nome completo, e-mail, endereço de pagamento, data de validade e os últimos quatro dígitos do número do cartão do cliente.

Fonte: Baguete Segurança

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