A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira, 8, um grupo suspeito de hackear agências bancárias do Banco do Brasil, gerando um prejuízo estimado de R$ 40 milhões.
Segundo investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), os hackers instalavam dispositivos em cabos de dados das agências e realizavam transferências de correntistas do banco.
A Polícia não divulgou informações sobre quais equipamentos foram usados nem onde foram instalados nas agências para que os suspeitos tivessem acesso a esse tráfego de dados sensíveis.
Além de dispositivos, o grupo estaria aliciando funcionários e terceirizados do banco para fornecer informações de acesso ao sistema, chegando a pagar R$ 100 mil por credencial.
No esquema, os aliciadores pediam que fossem realizadas trocas de biometria e foto de documentos de clientes.
A quadrilha também aplicava técnicas de engenharia social, que consistem em manipulações psicológicas para a execução de ações, para persuadir funcionários a participarem do esquema e cometerem os crimes.
De acordo com a DRF, a associação criminosa é composta por células espalhadas pelo país.
Em nota enviada pelo Banco do Brasil à CNN, o banco informa que começou as investigações após uma apuração interna e, detectadas as irregularidades, comunicou às autoridades policiais.
“O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso. A conduta de funcionários do banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar em processos que são conduzidos em sigilo”, informou a instituição.
O Banco do Brasil possui mais de 4,7 mil agências, com cerca de 96 mil colaboradores. Atualmente, o banco conta com uma carteira de mais de 74 milhões de clientes.
Com mais de R$ 1,4 trilhão em ativos, o BB ocupa as primeiras colocações entre os maiores bancos da América Latina e Caribe e é um dos quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto, segundo dados da Infomoney.
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Fonte: Baguete diário