O apagão global, causado por um um defeito em uma atualização do sistema Crowdstrike Falcon Sensor, impacta o Brasil principalmente em bancos e companhias aéreas.
Na lista de instituições financeiras afetadas, estão Bradesco (que seria o mais impactado), Banco do Brasil, Itaú, Neon, Next e Banco Pan. Clientes reclamam nas redes sociais sobre a impossibilidade de realizar login, pagamentos e transferências por meios digitais.
Em nota, o Bradesco confirmou que a indisponibilidade de seus sistemas foi causada pelo apagão cibernético, mas os terminais de autoatendimento continuam funcionando normalmente.
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo por volume de negócios, também teve suas operações impactadas no país. Segundo a empresa, “todas as operações foram restauradas” às 11h, no horário de Brasília, e os fundos dos usuários estão seguros.
“O mecanismo de correspondência, que facilita a pesquisa de preços e combina ordens de compra e venda, encontrou um bug em uma ordem de interrupção em andamento. Esse episódio é muito incomum. Esta é a primeira vez que o sistema fica inativo desde dezembro de 2021”, informou a companhia em nota.
Já no setor aéreo, a Azul Linhas Aéreas foi a mais impactada, com intermitência no serviço de gestão de reservas, atrasos e cancelamentos de voos.
Clientes do Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país, em São Paulo, relataram que tiveram viagens canceladas pela Azul ou remanejadas para outra operadora.
A Gol e a Latam não tiveram maiores problemas, mas orientaram nas redes sociais que seus clientes compareçam com maior antecedência aos aeroportos.
Administradoras dos principais aeroportos do país informaram que não foram afetadas, mas temem que os impactos nos voos internacionais causem atrasos em conexões e chegadas de rotas. Mais de 1,4 mil voos foram cancelados ao redor do mundo.
Clientes que precisaram utilizar hospitais e planos de saúde também sentiram os impactos no Brasil. Atrasos e cancelamentos de consultas devido a falhas nos computadores foram observados em grandes hospitais, como o Sírio Libanês, em São Paulo.
O sistema Siga, utilizado no Hospital das Clínicas de São Paulo para agendamento e consultas de exames, também está indisponível. Vários pacientes tiveram que remanejar seus compromissos.
Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, disse ao G1 que a base de clientes da Crowdstrike no Brasil é pequena em comparação com a dos Estados Unidos, por exemplo.
Para uma empresa ter sido afetada pela pane, ela precisa usar o Windows, ser cliente do sistema da Crowdstrike e ter permitido a atualização da ferramenta.
“No Brasil, o impacto tem sido notavelmente menor do que em outros países devido à combinação desses fatores por aqui ser menor, até por um menor alcance comercial por aqui do produto que deu defeito”, afirmou Ayub à publicação.
O problema não afeta computadores pessoais, pois a versão do produto da CrowdStrike que foi afetado é vendido apenas para pessoas jurídicas.
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Fonte: Baguete diário